Eu deixei minha vida em suas mãos, enquanto isso você tomava uma dose de whisky.
Não me venha com contos políticos sobre a emancipaçao do seu novo amor. Eu vivo pelo conhecimento, não preciso de holofotes coloridos, eu tenho amigos. Tenho um caderno sem pauta pra que eu possa desenhar todos os meus desejos e uma caneta com ponta capaz de ferir o seu olho. Nós nao somos mais o que pensamos que somos. Um longo balcão de bar, cheio de bebidas coloridas, separa minha dose de pinga do seu copo de whyski. Eu sou o bebado que mora na rua da honestidade, o bebado que um dia vomitou no seu lindo pé, toda a angustia de uma noite fria com vozes esquisitas murmurando no ouvido: "por ai nao, nao vá por ai". E mesmo assim eu fui. foi bom enquanto o eterno durou. Eu fui feliz entre a Av. Sao Joao e a R. Ipiranga. Hoje, nas noites frias, me cubro com seu cobertor azul de passaros bordados. Pássaros que nos meus sonhos sempre voam pra perto de mim. Pássaros que eu nunca esqueci, mas que nao estao mais por perto, pois ainda costumam voltar ao ninho. Eu, um bebado que nao tem ninho nenhum hoje, ja tive um lar de verdade, por isso bebo pinga nas noites frias e pra sorrir costumo olhar pros pássaros bordados, todos em uma dose de Velho Barreiro que nao esqueci até hoje, pois eu ainda acredito. do meu jeito, mas acredito.
"mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira"
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